HOMEM DE DEUS.

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

MITRA ?

Mitra pertence às mitologias persa, indiana e greco-romana. Na Índia e Pérsia representava a luz (deus solar). Representava também o bem e a libertação da matéria. Chamavam-na de "Sol Vencedor".
Existem referências a Mitra e a Varuna de 1400 a.C., como deuses de Mitanni, no norte da Mesopotâmia1 .
Entre os persas, apareceu como filho de Aúra-Masda, deus do bem, segundo as imagens dos templos e os escassos testemunhos escritos, o deus Mitra nasceu perto de uma fonte sagrada, debaixo de uma árvore sagrada, a partir de uma rocha (a petra generatrix; Mitra é por isso denominado de petra natus).
Segundo Heródoto, Mitra era a deusa Afrodite Urânia, trazida pelos assírios com o nome Mylitta e pelos árabes com o nome Alitta2 . Mitra, assim como os demais deuses persas, não tinha imagens, templos ou altares, porque, diferentemente dos gregos, os persas acreditavam que os deuses tinham uma natureza diferente da dos homens2 .
O culto de Mitra chegou à Europa onde se manteve até o século III. Em Roma, foi culto de alguns imperadores, denominado Protetor do Império.
O símbolo de Mitra era o touro, usado nos sacrifícios à divindade. A morte do touro, que representaria a Lua, era característica desse mistério que se espalhou pelo mundo helênico e romano por meio do exército. A partir do século II o culto a Mitra era dos mais importantes no Império romano e numerosos santuários (Mithraea, singular Mithraeum) foram construídos. A maior parte eram câmaras subterrâneas, com bancos em cada lado, raras vezes eram grutas artificiais. Imagens do culto eram pintadas nas paredes, e numa delas aparecia quase sempre Mithras que matava o touro sacrificial.
Algumas peculiaridades do mitraísmo foram agregadas a outras religiões, como o cristianismo. Por exemplo, desde a antiguidade, o nascimento de Mitra era celebrado em 25 de dezembro.
O mitraísmo entrou em decadência a partir da adoção do cristianismo como religião oficial do Império Romano.
A principal razão para a decadência do mitraísmo frente ao cristianismo, foi o mitraísmo não ser tão inclusivo quanto a religião cristã. O culto a Mitra era permitido apenas aos homens, e ainda assim apenas aos homens iniciados em um ritual que acontecia somente em algumas épocas do ano.
O ritual de iniciação na religião mitraica consistia em levar o neófito até o altar de Mitra, amarrado e vendado, onde o sacerdote oferecia a ele a Coroa do Mundo, colocando-a sobre sua cabeça. O neófito deveria recusar a coroa e responder: "Mitra é minha única coroa".

Ligações com o cristianismo [editar]

O culto a Mitra passou por diversas transformações difundindo-se gradualmente até alcançar um lugar proeminente na Pérsia e representar o principal oponente do cristianismo no mundo romano, nas primeiras etapas de sua expansão.
Sua primeira menção é de aproximadamente 1400 a.C. onde é descrito como o deus do equilíbrio e da ordem do cosmo. Por volta do século V a.C. passou a integrar o panteão do Zoroastrismo Persa, a princípio como senhor dos elementos e depois sob a forma definitiva do deus solar.
Após a vitória de Alexandre, o Grande, sobre os persas, o culto a Mitra se propagou por todo Mundo Helenístico. Nos séculos III e IV da era cristã as religiões romanas, identificando-se com o caráter viril e luminoso do deus, transformaram o culto a mitra no mitraísmo.
A religião mitraica tinha raízes no dualismo zoroástrico (oposição entre bem e mal, espírito e matéria) e nos cultos helenísticos mitra passou a ser um deus do bem criador da luz e em luta constante contra a divindade obscura do mal. Seu culto estava associado a uma existência futura e espiritual, completamente libertada da matéria.
O culto era celebrado em grutas sagradas onde o principal acontecimento era o sacrifício de um touro, cujo sangue brotava a vida, propiciando a imortalidade.
Com a adoção do cristianismo como religião oficial do império romano, o mitrianismo foi embutido sendo Mitra o Messias Romano dando alusão a Jesus Cristo.

Referências

  1. Arthur Berriedale Keith, Indian Mythology, Capítulo I, The Gods of Sky and Air, 23
  2. a b Heródoto, Histórias, Livro I, Clio, 131

Bibliografia [editar]

  • Campbell, Joseph, As máscaras de Deus: mitologia ocidental, tradução Carmen Fischer. São Paulo: Palas Athena, 2004. ISBN 85-7242-050-9

Ligações externas [editar]

Mitologia hindu
Base
Brama  • Vixnu  • Xiva

Deidades
Aditya  • Ansa  • Aryaman  • Bhaga  • Daksha  • Indra  • Mitra  • Surya  • Savitri  • Varuna
Deuses auxiliares
Ganexa  • Parvati  • Sarasvati  • Lakshmi  • Cali
Outros deuses
Abhaswaras  • Abhimani  • Aditi  • Agni  • Airâvata  • Akilandeswari  • Amrita  • Apsarás  • Ardjuna  • Ariaman  • Asuras  • Aswini  • Avatar  • Bali  • Bavani  • Bod  • Bonzo  • Brahm  • Brahman  • Brahmanes  • Brahmine  • Bram  • Brama  • Brâman  • Brâmane  • Brâmine  • Caktis  • Cakya-Muni  • Calidasa  • Câma  • Carma Cartikeia  • Chardo  • Conversa  • Cri  • Crixna  • Dastas  • Darma  • Devas  • Durga  • Dusak  • Emakong  • Erunia  • Eruniakcha  • Ganas  • Ganez  • Ganges  • Garuda  • Gautama  • Guira  • Hanuman  • Hanza  • Iama  • Indrani  • Indu  • Isamia  • Izvara  • Kala  • Kalidasa  • Kalki  • Kâma  • Kâma-Deva  • Kamagra  • Kança  • Kapila  • Kartikeya  • Kchatrya  • Kchatryani  • Kusa  • Kubera  • Lakshmi  • Lava  • Linga  • Lotus da Boa  • Lei  • Mahadeva  • Manaswamin  • Manava-Dharma-Sâstra  • Manu  • Meru  • Mitra  • Mitríacas  • Mudevi  • Muruts  • Nandi  • Ormazd  • Para-braman  • Paraçu-rama  • Pârana  • Párias  • Parvati  • Pradjapati  • Pradyumna  • Pritivi  • Puchan  • Rakshasa  • Rakchas  • Râma  • Râma-tchandra  • Ramáiana  • Rati  • Râvana  • Richis  • Rig veda  • Ruckmini  • Rudra  • Sach  • Sakra  • Salamandra  • Sani  • Sarasvati  • Shashti  • Savitri  • Sita  • Skanda  • Sôma  • Soradeus  • Sudrani  • Svarga  • Tantrismo  • Tchandra  • Tchandramas  • Tchinewad  • Thug  • Tuas  • Tugue  • Twachtri  • Urvace  • Uschas  • Vacyá  • Vaixiá  • Valmiki  • Vamana  • Varuna  • Vayú  • Viaça  • Virabhabra  • Vritza  • Vyasa  • Wecya  • Wecyani  • Xatriani Yama  • Yoni  • Zend  • Zervane-akerene


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