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domingo, 18 de dezembro de 2011

Em busca da "Partícula de Deus"

Mundo aguarda anúncio de existência de 'partícula de Deus'

Atualizado em  13 de dezembro, 2011 - 10:11 (Brasília) 12:11 GMT
Colisão de feixes de prótons. | Foto: PA
Confirmação da existência do bóson de Higgs pode ajudar a entender a formação do universo
A comunidade científica vive a expectativa do anúncio de que pesquisadores podem ter encontrado evidências que comprovem a existência da chamada "partícula de Deus" – o bóson de Higgs.
Ela representa um mecanismo ainda não comprovado, que daria massa a todas as outras partículas. O bóson de Higgs é uma "partícula fundamental", uma das peças básicas da construção do universo. Ele também é considerado o pedaço que falta na principal teoria da física de partículas - conhecida como Modelo Padrão - que descreve como partículas e forças interagem.
Rumores sobre os resultados das pesquisas mais recentes começaram a circular semanas antes do anúncio, que está previsto para a tarde desta terça-feira, em um encontro científico.
É possível que os cientistas consigam somente fazer insinuações a respeito da identificação do bóson de Higgs, já que as equipes de pesquisa ainda não teriam dados suficientes para anunciar uma descoberta formal.
No entanto, a maioria dos físicos afirma que não encontrar a partícula pode ser tão interessante quanto encontrá-la no lugar onde a teoria prevê que ela esteja.
"Se não a encontrarmos será - de certo modo - ainda mais excitante, mas de qualquer modo, é uma situação onde só temos a ganhar", disse o físico de partículas Stefan Soldner-Rembold, da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha.
"Se a encontrarmos, saberemos que a teoria está completa, mas ainda há mais coisas a pesquisar. Se não a encontrarmos, saberemos que há algo que ainda não entendemos."

Mecanismo do universo

Encontrar o bóson de Higgs é o principal objetivo do Grande Colisor de Hádrons (GCH), na Suíça, um projeto que custou US$ 10 bilhões (R$ 18 bilhões).
Atualmente, o colisor abriga dois projetos - Atlas e CMS - que procuram separadamente pela partícula.
A excitação é grande entre os físicos que trabalham no laboratório Cern, a organização baseada em Genebra que opera o GCH, por causa de insinuações de que os pesquisadores podem ter isolado o bóson.
"É um momento fantástico, você consegue sentir que as pessoas estão entusiasmadas", disse à BBC Christoph Rembser, pesquisador sênior do experimento Atlas.
Segundo os cientistas, quando o universo esfriou após o Big Bang, uma força invisível conhecida como o campo de Higgs teria se formado juntamente com o bóson de Higgs.
"Descobrir a partícula confirma que a abordagem que estamos usando para entender o universo está correta."
Tara Shears, da Universidade de Liverpool
É este campo que dá massa às partículas fundamentais que formam os átomos. Sem ele, estas partículas passariam pelo cosmos na velocidade da luz e não conseguiriam se aglutinar.
O modo como o campo de Higgs trabalha foi associado ao modo como fotógrafos e repórteres se reúnem ao redor de uma celebridade. O grupo de pessoas são "atraídos" fortemente pela celebridade e criam resistência ao seu movimento em um salão, por exemplo.
Dessa maneira, eles dão "massa" àquela celebridade, tornando sua movimentação mais lenta.
"A questão do (bóson de) Higgs é que sempre dizemos que precisamos dele para explicar a massa, mas sua importância real é que precisamos dele para entender o universo", disse à BBC Tara Shears, física especializada em partículas, da Universidade de Liverpool.
"Descobrir a partícula confirma que a abordagem que estamos usando para entender o universo está correta."
Estas preocupações motivam o esforço do Cern para destacar o bóson de Higgs e outros fenômenos usando o GCH.
O experimento acontece em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento repleto de imãs que "conduzem" partículas de prótons pelo imenso anel.
Em certos pontos do trajeto, o colisor faz com que os feixes de prótons se choquem uns com os outros a uma velocidade próxima à velocidade da luz, para que seja possível detectar outras novas partículas nos resultados da colisão.

Caça à partícula

Grande Colisor de Hádrons, na Suíça. | Foto: Reuters
Cientistas ainda teriam dificuldades de confirmar definitivamente a descoberta da partícula
O Atlas e o CMS procuram sinais da partícula entre bilhões de colisões que ocorrem em cada experimento do GCH. Evidências da existência dela apareceriam como pequenos "picos" nos gráficos dos físicos.
Rumores que circulam entre os cientistas dizem que os dois projetos encontraram sinais do bóson de Higgs com níveis entre 2,5 e 3,5 sigma de certeza.
Estes números representam uma medida da probabilidade de que estes sinais tenham acontecido por acaso, e não por um fenômeno físico.
Se estes números forem anunciados nesta terça-feira, o Cern não poderá fazer uma reivindicação definitiva da descoberta.
Três sigmas são considerados como "observação" de um fenômeno e cinco são considerados o limiar de uma descoberta.
O diretor geral do Cern, Rolf-Dieter-Heuer, disse à equipe de funcionários da organização, por e-mail, que o anúncio não seria conclusivo.
O "sim" ou "não" definitivo para o bóson de Higgs só deverá acontecer em 2012.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111213_cientistas_particula_anuncio_cc.shtml

Físicos acreditam estar perto do bóson de Higgs ou a partícula de Deus
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
13/12/2011 | 12h04
Os cientistas alertaram que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas . Imagem: Fabrice Coffrini/AFP Photo
Imagem: Fabrice Coffrini/AFP Photo
Os cientistas alertaram que ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas . Imagem: Fabrice Coffrini/AFP Photo

Os físicos que buscam o misterioso bóson de Higgs acreditam ter localizado o lugar onde se esconde o elemento que falta ao quebra-cabeças das partículas elementares, anunciaram nesta terça-feira, em Genebra, os pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN).

"Ainda é muito cedo para tirar conclusões definitivas. Precisamos de mais dados, mas estabelecemos sólidas fundações para os apaixonantes meses pela frente", declarou Fabiola Gianotti, chefe da experiência Atlas no Grande Colisor de Hádrons (LHC), em um seminário do CERN em Genebra, transmitido pela internet.
Da AFP Paris


Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/04/2007
Em busca da Partícula de Deus
O Atlas, assim como o segundo detector, o CMS ("Compact Muon Detector"), é um detector genérico, capaz de detectar qualquer tipo de partícula, inclusive partículas ainda desconhecidas ou não previstas pela teoria. [Imagem: Cern]
Acelerador e sensores
Atlas era um dos titãs da mitologia grega, condenado para sempre a sustentar os céus sobre os ombros. Aqui, Atlas é um dos quatro gigantescos detectores que farão parte do maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, que está em fase adiantada de testes e deverá entrar em operação nos próximos meses.
LHC é uma sigla para "Large Hadron Collider", ou gigantesco colisor de prótons. Parece difícil exagerar as grandezas desse laboratório que está sendo construído a 100 metros de profundidade, na fronteira entre a França e a Suíça. A estrutura completa tem a forma de um anel, construída ao longo de um túnel com 27 quilômetros de circunferência.
As partículas são aceleradas por campos magnéticos ao longo dessa órbita de 27 Km, até atingir altíssimos níveis de energia. Mais especificamente, 7 trilhões de volts. Em quatro pontos do anel, sob temperaturas apenas levemente superiores ao zero absoluto, as partículas se chocam, produzindo uma chuva de outras partículas, recriando um ambiente muito parecido com as condições existentes instantes depois do Big Bang.
Nesses quatro pontos estão localizados quatro detectores. O Atlas, mostrado na foto nas suas etapas finais de montagem, é um deles. O Atlas, assim como o segundo detector, o CMS ("Compact Muon Detector"), é um detector genérico, capaz de detectar qualquer tipo de partícula, inclusive partículas ainda desconhecidas ou não previstas pela teoria. Já o LHCb e o ALICE são detectores "dedicados", construídos para o estudo de fenômenos físicos específicos.
Bóson de Higgs
Quando os prótons se chocam no centro dos detectores as partículas geradas espalham-se em todas as direções. Para capturá-las, o Atlas e o CMS possuem inúmeras camadas de sensores superpostas, que deverão verificar as propriedades dessas partículas, medir suas energias e descobrir a rota que elas seguem.
O maior interesse dos cientistas é descobrir o Bóson de Higgs, a única peça que falta para montar o quebra-cabeças que explicaria a "materialidade" do nosso universo. Por muito tempo se acreditou que os átomos fossem a unidade indivisível da matéria. Depois, os cientistas descobriram que o próprio átomo era resultado da interação de partículas ainda mais fundamentais. E eles foram descobrindo essas partículas uma a uma. Entre quarks e léptons, férmions e bósons, são 16 partículas fundamentais: 12 partículas de matéria e 4 partículas portadoras de força.
A Partícula de Deus
O problema é que, quando consideradas individualmente, nenhuma dessas partículas tem massa. Ou seja, depois de todos os avanços científicos, ainda não sabemos o que dá "materialidade" ao nosso mundo. O Modelo Padrão, a teoria básica da Física que explica a interação de todas as partículas subatômicas, coloca todas as fichas no Bóson de Higgs, a partícula fundamental que explicaria como a massa se expressa nesse mar de energias. É por isso que os cientistas a chamam de "Partícula de Deus".
O Modelo Padrão tem um enorme poder explicativo. Toda a nossa ciência e a nossa tecnologia foram criadas a partir dele. Mas os cientistas sabem de suas deficiências. Essa teoria cobre apenas o que chamamos de "matéria ordinária", essa matéria da qual somos feitos e que pode ser detectada por nossos sentidos.
Mas, se essa teoria não explica porque temos massa, fica claro que o Modelo Padrão consegue dar boas respostas sobre como "a coisa funciona", mas ainda se cala quando a pergunta é "o que é a coisa". O Modelo Padrão também não explica a gravidade. E não pretende dar conta dos restantes 95% do nosso universo, presumivelmente preenchidos por outras duas "coisas" que não sabemos o que são: a energia escura e a matéria escura.
É por isso que se coloca tanta fé na Partícula de Deus. Ela poderia explicar a massa de todas as demais partículas. O próprio Bóson de Higgs seria algo como um campo de energia uniforme. Ao contrário da gravidade, que é mais forte onde há mais massa, esse campo energético de Higgs seria constante. Desta forma, ele poderia ser a fonte não apenas da massa da matéria ordinária, mas a fonte da própria energia escura.
Em dois ou três anos saberemos se a teoria está correta ou não. Ou, talvez, nos depararemos com um mundo todo novo, que exigirá novas teorias, novos equipamentos e novas descobertas.


Cientistas tentam recriar som de 'partícula de Deus'


O bóson de Higgs daria massa a outras partículas
Cientistas simularam o som de partículas subatômicas produzidas no Grande Colisor de Hádrons (GCH), na Suíça.
O objetivo é facilitar a identificação da chamada "partícula de Deus" – o bóson de Higgs – cuja existência ainda não foi confirmada, mas que, segundo teorias, daria massa a todas as outras.
A cientista Lily Asquith coordenou a equipe que desenvolveu o modelo que transforma dados do gigantesco experimento Atlas, no GCH, em sons.
"Se a energia estiver perto de você, você ouve um som grave, e se estiver mais longe, mais agudo", disse Asquith.

O colisor é um projeto milionário construído na fronteira entre a França e a Suíça para tentar responder algumas perguntas fundamentais para a física.
O experimento acontece em um túnel circular de 27 quilômetros de comprimento, repleto de imãs que "conduzem" partículas de prótons pelo imenso anel.
 
O LHC operou pela primeira vez em setembro de 2008
Em certos pontos do trajeto, os feixes de prótons mudam de trajetória e se chocam em quatro experimentos, que são minuciosamente monitorados pelos cientistas.
É nessas colisões que os estudiosos esperam encontrar novas partículas subatômicas, como o bóson de Higgs, que ajudariam a entender a origem do Universo.

Atlas é um dos quatro experimentos do colisor. Um instrumento batizado de calorímetro é usado para medir energia e é composto de sete camadas concêntricas.
Cada uma dessas camadas é representada por um tom diferente, dependendo da quantidade de energia contida nele.
O processo de transformar dados científicos em sons é chamado sonificação. Até o momento, a equipe de Asquith criou diversas simulações baseadas em previsões do que aconteceria durante as colisões no GCH.
Só agora, começaram a utilizar dados de experimentos reais.

"Quando você ouve as sonificações, na realidade, o que você está ouvindo são dados. Elas são fieis aos dados e dão informações sobre os dados que não seriam possíveis de se obter de qualquer outra maneira", disse Archer Endrich, um desenvolvedor de software que trabalha no projeto.
Pela sonificação, os cientistas esperam poder identificar diferenças sutis para detectar novas partículas.
Um compositor envolvido com o projeto, Richard Dobson, destacou ter ficado impressionado com a musicalidade das colisões.
"É possível ouvir estruturas claras nos sons, quase como se tivessem sido compostas. Cada uma parece contar uma pequena história. São tão dinâmicas e mudam o tempo todo, que se parecem muito com as composições contemporâneas", disse o músico.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100623_somuniversoebc.shtml

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