“O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos,
nem dos desonestos, nem dos sem caráter, nem dos sem ética,
o que mais me preocupa é o silêncio dos bons” (Luther King).
Diuturnamente vivenciamos cenas de horrores.
Mortes violentas, assaltos, seqüestros, cárceres privados, e, infelizmente,
agora também estamos em plena transição para uma crise financeira.
O povo tudo assiste, passiva e pacificamente. Silente, vê e observa a
caravana passar. Oxalá que ela passe tranquilamente, sem seqüelas
irreversíveis. A simples “marola” acenada pelo nosso governante maior
está prestes a se tornar um tsunami. Os financiamentos estão com prazos
reduzidos e juros maiores, o dinheiro está deixando de circular.
A exportação bovina está quase a zero. Onde chegaremos? Sou contra
medidas drásticas, mas, inegavelmente, algo tem que ser feito. Aqueles
que são bons e integram o governo em qualquer de seus setores têm
que se pronunciar. Têm que vir a público e acalmar a população, serenar
os ânimos, injetar esperança às indústrias, ao comércio e a todos em geral.
RUY BARBOSA, em sua magistral obra “Ruínas de um Governo”, já
preconizava “Todas as crises que pelo Brasil estão passando e que
dia a dia sentimos crescer aceleradamente, tais como a crise política,
a crise econômica, a crise financeira, tudo, não vem a ser mais que
sintomas, exteriorizações parciais, manifestações reveladoras de um
estado mais profundo, uma SUPREMA CRISE: a CRISE MORAL”. Perfilho o
mesmo entendimento. O sentido ético é por demais relevante, sendo
mesmo a pedra angular onde se assenta a dignidade de um povo.
Nossos representantes, por nós eleitos, têm que demonstrar seriedade,
honradez, pujança, estoicismo e exigir dos governantes atitudes coerentes,
atos transparentes e proficientes para nos resguardar, para prevenir
situações que poderão se tornar caóticas e irreversíveis. O povo, por
sua vez, não pode mais ficar omisso e silente. A bandeira da moralização
deve ser desfraldada para salvarmos o torrão nacional. Os bons não podem
desanimar jamais. Relembrando novamente RUY, ouso parafrasear-lhe: “De
tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, de tanto ver crescer a
injustiça, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter
vergonha de ser honesto”. Amigos leitores: na vida nada ocorre por acaso.
Tudo tem uma razão de ser. Se plantamos uma semente é com a esperança
de colhermos um fruto. A lei de causa e efeito, nominada juridicamente como
da causalidade, a que rege todos os âmbitos do mundo material. Nenhum fato
ocorre sem que haja uma causa. Hoje, a causa é a crise nos Estados Unidos,
que, com efeito cascata, atinge todos os países. Vamos reagir. Devemos ter
vida própria, autonomia sem dependência e passaremos altivamente por
esse problema. Basta não ficarmos silentes...
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